o dia 14 de maio, o Jornal Nacional (noticiário da
TV Globo) mostrou uma reportagem falando sobre
fazer caretas para diminuir o ronco e a apnéia do sono.
Mais do que desconforto, o ronco traz prejuízos para a saúde do
paciente. Quando acompanhado pela apnéia do sono, a situação é ainda
mais grave.
O ronco representa a dificuldade para que o ar passe pela garganta,
causada por um estreitamento nesta região. Este estreitamento acontece,
entre outras causas, pelo relaxamento dos músculos próximos à garganta,
que “caem” sobre a passagem de ar, dando origem ao barulho do ronco.
Quando o estreitamento é pronunciado, pode causar até paradas da
respiração, ou a apnéia do sono. Ela pode acontecer mesmo em pessoas que
não roncam.
O ronco e a apnéia do sono fazem com que o paciente acorde com a
sensação de não ter descansado durante a noite, causa fadiga, falta de
concentração e atenção, sonolência durante o dia e aumento da pressão
arterial, entre outros sintomas.
O
tratamento
destas condições envolvia algumas possibilidades, dependendo das causas
do ronco e da apnéia. Entre elas, estavam a cirurgia e o uso de
respiradores artificiais. Agora, o
novo tratamento, baseado em exercícios, foi desenvolvido pela equipe do Incor (Instituto do Coração de São Paulo).
Os exercícios consistem em movimentos semelhantes a caretas. Eles
melhoram a função dos músculos ao redor da garganta, deixando-os mais
fortes e firmes. Menos flácidos, eles causam menos pressão sobre a via
aérea durante o sono.
A pesquisa foi feita com 31 pacientes durante 3 meses. 16 fizeram os
exercícios desenvolvidos pela fonoaudióloga da equipe, enquanto os
outros 15 fizeram outros exercícios não específicos para a área. A
experiência mostrou bons resultados: após os exercícios,
houve 40% de melhora na apnéia e a intensidade do ronco mudou de muito alto para semelhante à respiração.
Os exercícios devem ser feitos com a orientação de um fonoaudiólogo,
em frente a um espelho. Para manter os resultados conseguidos na fase
inicial, em que os exercícios são mais intensos, eles devem ser
continuados todos os dias. Se forem interrompidos, os músculos voltam ao
estado de fraqueza e flacidez, permitindo que a apnéia e o ronco
retornem.
Ainda que esses exercícios não sejam uma solução definitiva
para estes problemas, podem aliviar bastante o incômodo e melhorar a
saúde de quem sofre com o ronco e a apnéia. Em alguns casos, os
exercícios deverão ser feitos como um complemento a outros tratamentos
(como o uso de placas para o maxilar, o CPAP ou a perda de peso).
Procure um pneumologista para receber orientação quanto ao tratamento
mais adequado ao seu caso.
Assista a reportagem do Jornal Nacional sobre os exercícios para diminuir o ronco e a apnéia.
Conheça os exercícios desenvolvidos pela equipe do Incor.