Os links wireless entre computadores locais e o acesso à Internet são um avanço em direção ao amplo domínio da
Internet sobre todo o universo conhecido. As conexões ativas em todos os lugares em um prédio, ou até mesmo um
campus de faculdade inteiro ou um centro comercial, sem a necessidade de encontrar um local para instalar um fio,
podem tornar a rede e as ferramentas conectadas à rede muito mais flexíveis. E um acesso rápido à Internet a partir de
um cyber café, um saguão de um aeroporto ou um centro de convenção pode mudar a maneira como você trabalha e
permanece online quando está distante da sua base habitual.
Neste módulo, se espera que você tenha duas coisas em mente: primeiramente, uma rede wireless local ideal deve ser
absolutamente invisível – quando estiver funcionando, você nunca se deverá lembrar dela; o ideal é que você se
preocupasse apenas em trocar mensagens ou visualizar o conteúdo de um site Web, em vez de ajustar a antena ou trocar
a sua chave de criptografia.
Igualmente importante é que você esteja no comando. O computador e a rede devem fazer coisas da maneira que você
deseja que façam, sem forçá-lo a ajustar sua vida ou forma de trabalho para atender as necessidades da máquina. Para LEIA MAIS.
isso é importante você se manter sempre informado e atualizado. Neste curso se mostram os princípios gerais que não
são alterados porém sempre há a evolução. Os melhores lugares para aprender sobre novos recursos e funções de rede
wireless, incluem o material de marketing e sites dos fabricantes de hardware de rede, e sites de terceiros, como o site
802.11b Networking News (http://802.11b.weblogger.com/).
Depois deste módulo, você terá uma idéia mais precisa para o funcionamento do Wi-Fi, e como usá-lo para que se
beneficie mais do que a maioria das pessoas que utiliza redes wireless.
O funcionamento do Wi-Fi
Até certo ponto, é viável lidar com suas redes wireless como um conjunto de caixas pretas que se pode ativar e usar, sem
precisar conhecer a fundo seu funcionamento. Em um mundo ideal, funcionaria dessa forma.
Porém, o Ethernet wireless está atualmente como as transmissões por rádio estavam em 1923. A tecnologia existia mas
as pessoas gastavam muito tempo ajustando seus equipamentos e as que entediam internamente eram capazes de obter
melhor desempenho de seus rádios.
Para utilizar com mais eficiência a tecnologia wireless, é importante entender o que acontece dentro das caixas que
compõem a rede. Este tópico descreve padrões e especificações que controlam as redes wireless, explicando também
como os dados são transportados através da rede de um computador para outro.
O transporte de dados através de uma rede wireless envolve três elementos distintos: os sinais de rádio, o formato dos
dados e a estrutura da rede. Cada um desses elementos é independente dos outros dois; portanto, é necessário se definir
todos os três quando se define uma nova rede. No que se refere ao modelo OSI, o sinal de rádio opera na camada Física,
enquanto o formato dos dados controla várias das camadas mais elevadas. A estrutura de rede inclui os adaptadores de
interface e as estações base, os quais enviam e recebem os sinais de rádio.
Em uma rede wireless, os adaptadores de rede em cada computador convertem os dados digitais para sinais de rádio, os
quais são transmitidos para outros dispositivos na rede, e convertem os sinais de rádio que chegam em dados digitais. O
IEEE (Institute od Electrical and Electronics Engineers), produziu um conjunto de padrões e especificações para redes
wireless, sob o título "IEEE 802.11", o qual define o formato e a estrutura dos sinais.
O padrão 802.11 original foi lançado em 1997, e cobre tipos diferentes de mídia wireless: dois tipos de transmissões de
rádio (explicados mais adiante) e redes que utilizam luz infra-vermelha. O padrão 802.11b, mais recente, oferece
especificações adicionais para redes Ethernet wireless. Um documento relacionado, IEEE 802.11a, descreve redes
wireless que operam em velocidades mais elevadas em diferentes frequências de rádio. Vale a pena ficar atento ao
progresso dos outros padrões mas, por enquanto, o 802.11b é o que deverá ser usado (neste curso adota-se este padrão),
especialmente se se espera conectar a redes nas quais não se controlará todos os componentes de hardware.
Você deve conhecer outros dois nomes no vasto jargão dos padrões de WLAN: WECa e Wi-Fi. O WECA (Wireless
Ethernet Capabilities Alliance) é um grupo industrial que inclui todos os principais fabricantes do equipamento
REDES DE COMPUTADORES
Redes Wireless
Reginaldo Ferreira, Antonio Carlos, e Sergio.
Uniron - Wireless.doc Página : 6
802.11b. Suas duas missões, são testar os dispositivos de rede wireless de todas as suas empresas associadas e certificar
que estes podem opera em conjunto na mesma rede, além de promover redes 802.11 como o padrão global para
WLANs. O gabaritado pessoal de marketing da WECA adotou um nome mais "amigável": Wi-Fi (Wireless Fidelity)
para as especificações 802.11, e mudou o próprio nome para Wi-Fi Alliance.
Sinais de rádio
As redes 802.11b operam em uma banda especial de frequência em torno dos 2,4 GHz, a qual foi reservada, na maior
parte do mundo, para serviços de rádio ponto-a-ponto de espalhamento de espectro não licenciado (não necessidade de
licença de estação de rádio). Teoricamente, a tecnologia de rádio espalhamento de espectro possibilita a coexistência
com outros usuários (até certo ponto), sem uma interferência significativa.
Um serviço de rádio ponto-a-ponto opera um canal de comunicação que transporta informações de um transmissor até
um único receptor. O oposto de um ponto-a-ponto é o serviço de rádiodifusão, que envia o mesmo sinal para muitos
receptores ao mesmo tempo.
Espalhamento de espectro é uma família de métodos para a transmissão de um único sinal de rádio, usando um
segmento relativamente amplo do espectro de rádio. As WLANs usam dois sistemas de transmissão de rádio diferentes:
FHSS (Frequency-Hopping Spread Spectrum) e DSSS (Direct-Sequence Spread Spectrum).
Algumas redes 802.11 mais antigas usam o sistema FHSS mais lento, mas a geração atual das WLANs usam o DSSS.
O espalhamento de espectro oferece algumas vantagens importantes sobre outros tipos de sinais de rádio que usam um
único canal menos amplo. O espalhamento de espectro é extremamente eficiente; portanto, os transmissores de rádio
podem operar com muito pouca energia. Por operarem em uma banda relativamente ampla de frequências, são menos
sensíveis a interferência de outros sinais de rádio e ruídos elétricos, o que significa que os sinais geralmente são capazes
de ter acesso a ambientes onde um sinal de banda estreita convencional não poderia ser recebido ou entendido, e devido
a uma determinada frequência deslocar-se entre múltiplos canais, pode ser extremamente difícil para um sintonizador
não autorizado interceptar e decodificar o conteúdo de um sinal.
A história da tecnologia de espalhamento de espectro é bastante interessante. Foi inventada pela atriz Hedy Lamarr e
pelo compositor de vanguarda americano George Antheil, como um "Sistema de Comunicação Secreto" para o
direcionamento de torpedos controlados por rádio, que não estariam sujeitos à interferência inimiga. Lamarr, antes de
começar a trabalhar em Hollywood, casou-se com um negociante de armas na Áustria, local em que aprendeu, com os
clientes do marido, os problemas relacionados à orientação de torpedos. Anos mais tarde, durante a Segunda Guerra
Mundial, ela apresentou o conceito de frequências de rádio variáveis, a fim de evitar a interferência. Antheil,
aparentemente, era a pessoa ideal para colocar sua idéia em prática. Sua composição mais famosa era conhecida como
Ballet Mechanique, e foi executada por 16 pianistas, duas hélices de avião, quatro xilofones, quatro zabumbas e uma
sirene. Ele usou o mesmo tipo de mecanismo que havia usado anteriormente para sincronizar os pianistas, a fim de
alterar as frequências de rádio em uma transmissão por espalhamento de espectro. O sistema original de fita de papel
com ranhuras tinha 88 canais de rádio diferentes – um para cada uma das 88 teclas de um piano.
Teoricamente, o mesmo método poderia ser usado para a comunicação por voz ou de dados, bem como para a
orientação de torpedos, mas na época das válvulas eletrônicas, da fita de papel e da sincronização mecânica, o processo
inteiro era demasiado complicado para propiciar a efetiva construção e utilização. Em torno de 1962, um componente
eletrônico de estado sólido substituiu as válvulas eletrônicas e os cilindros do piano, e a tecnologia foi usada a bordo dos
navios da marinha dos EUA, a fim de proporcionar comunicações seguras durante a Crise dos Mísseis em Cuba, nos
dias de hoje, os rádios de espalhamento de espectro são usados no sistema de comunicações por satélite Milstarda, do
Comando Espacial da Força Aérea dos EUA; em telefones celulares digitais e em redes de dados wireless.
Frequency-Hopping Spread Spectrum (FHSS)
O projeto original de Lamarr e Antheil para o rádio de espalhamento de espectro usava um sistema de salto de
frequência. Como sugere o nome, a tecnologia FHSS divide um sinal de rádio em pequenos segmentos e "salta" de uma
frequência para outra várias vezes por segundo, à medida que transmite aqueles segmentos. O transmissor e o receptor
estabelecem um padrão de saltos sincronizados que definem a ordem de sequência na qual serão usados diferentes
canais
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